A depressão e a ansiedade são os transtornos psicológicos mais comuns entre jovens e adultos e hoje contabilizam 19 milhões de pacientes clinicamente diagnosticados. O Brasil, atualmente, ocupa o primeiro lugar no ranking de casos de depressão e ansiedade na América Latina e o quinto lugar em escala mundial. De acordo com dados publicados pela OPAS/OMS, houve aumento de 25% na prevalência de ansiedade e depressão em todo o mundo no cenário pós-pandemia e a tendência é que esse número continue aumentando.

A depressão, considerada o mal do século, é um considerada uma doença que afeta a saúde mental e não faz distinção entre idade, gênero ou origem. Isso significa que, ainda que jovens e adultos representem a maior parte dos que foram diagnosticados, essa condição pode afetar qualquer pessoa em qualquer fase da vida.

Suas ramificações, ou seja, as consequências da depressão, podem ser profundamente debilitantes e às vezes até mais difíceis de identificar. Especialmente no caso de pessoas que já apresentam naturalmente um comportamento retraído e mais melancólico. Entretanto, à medida que a conscientização sobre a importância da saúde mental cresce, há também cada vez mais pessoas adeptas à luta.

Médicos especialistas e demais pesquisadores da área da saúde mental têm encontrado uma intrínseca conexão entre a prática regular de exercícios físicos e o alívio dos sintomas da depressão. Ainda que não seja novidade alguma que o movimento do corpo possa ter um impacto significativo na saúde mental, os estudos têm avançado positivamente e apresentado resultados cada vez mais claros sobre a importância da prática dos exercícios físicos no combate à depressão.

Entenda como a constância no treino pode auxiliar no tratamento da depressão, ansiedade e outros transtornos psicológicos. Confira!

Saiba como aproveitar todas as vantagens da prática dos exercícios físicos no combate à depressão e como manter uma rotina mais saudável tanto física quanto mentalmente

A depressão é uma doença que afeta milhares de pessoas e deve ser tratada como tal, sem receios ou tabus. Considerada um transtorno mental, a depressão é reconhecida pelos sentimentos persistentes de tristeza, desânimo e falta de interesse em atividades que antes eram consideradas prazerosas.

Além desses principais sintomas, a depressão também pode resultar na sensação de fadiga constante, distúrbios do sono, mudanças no apetite ou peso e dificuldade de concentração e tomada de decisões. Sentimentos de inutilidade ou culpa excessiva, pensamentos de autocrítica ou suicídio e o isolamento social também são sinais bem claros de que a pessoa deve procurar ajuda médica.

Sua gravidade também pode variar, de acordo com as características individuais da pessoa, o gatilho que desencadeou a doença, o contexto cultural e o ambiente no qual a pessoa está inserida. O quadro clínico de saúde física também pode interferir, visto que pessoas que não mantêm uma dieta equilibrada, não praticam exercícios físicos ou fazem uso de substâncias químicas estão mais suscetíveis.

É importante destacar também que a depressão é uma condição médica legítima e não deve ser vista como uma fraqueza ou falta de força de vontade. Reconhecer que está tudo bem não estar bem o tempo todo e que precisa de ajuda é o primeiro passo para enfrentar a depressão e avançar no seu tratamento.

Os benefícios dos exercícios físicos para a saúde mental

Quando estamos em constante movimento, ou seja, durante a prática de algum tipo de atividade física, nosso organismo sofre uma série de alterações. A começar pela liberação da endorfina, um neurotransmissor natural que têm efeitos muito parecidos aos dos analgésicos e promovem uma sensação de bem-estar.

Mas muito além disso, os exercícios também reduzem os níveis de hormônios do estresse, como o cortisol. Melhoram o fluxo sanguíneo para o cérebro, aumentam a função cognitiva, a concentração e a memória, e ainda contribuem para um sono mais regulado e profundo.

Outro ponto importante a ser destacado é que, com uma rotina mais saudável e a prática frequente de atividade física, o corpo entrará em forma e, consequentemente, será possível perceber melhora na autoestima. Tudo isso influencia diretamente na manutenção da saúde mental, uma vez que pessoas com alta autoestima têm menos probabilidade de experimentar depressão e ansiedade.

Também são benefícios dos exercícios físicos para a saúde mental:

  • Redução do estresse;
  • Melhora do humor;
  • Mais qualidade para o sono;
  • Pensamentos positivos e controle emocional;
  • Aumento da concentração;
  • Integração social;
  • Gerenciamento do peso;
  • Resiliência e constância.

A prática dos exercícios físicos no combate à depressão: saiba como se exercitar

Qualquer prática de atividade física oferece inúmeros benefícios para a sua saúde, tanto física quanto mental. Entretanto, para quem sofre com transtornos psicológicos, com destaque para a ansiedade e depressão, há alguns tipos de exercícios que podem ajudar, não só pelos efeitos no organismo, como pelo método.

  • Caminhada ou corrida: entre os exercícios mais práticos e simples, a caminhada e a corrida garantem excelentes resultados e, se feitas em espaços públicos e abertos, ainda permitem a socialização e o contato mais próximo com a natureza.
  • Bicicleta: seja a ergométrica ou a convencional, andar de bicicleta é um tipo de exercício cardiovascular que melhora o humor e reduz a depressão.
  • Natação: além de trabalhar todo o corpo, a água tem um efeito calmante e pode ser particularmente útil para pessoas que sofrem de ansiedade associada à depressão.
  • Yoga: o mais popular dentre os exercícios físicos no combate à depressão, a combina técnicas de respiração e relaxamento.
  • Pilates: focado na conexão entre a mente e o corpo, a prática do Pilates fortalece não só os músculos, mas também aumenta a capacidade de concentração e gera uma sensação de relaxamento e bem-estar.
  • Dança: esse com certeza é um dos tipos de exercícios físicos mais divertidos e dinâmico. Dançar pode melhorar o humor, distrair a mente e, claro, liberar muita endorfina!

Procure ajuda!

Ainda que a prática dos exercícios físicos no combate à depressão seja mesmo eficiente, precisamos destacar a importância do autocuidado também em relação à própria autoestima e o acompanhamento com um profissional especialista logo nos primeiros sinais. Não tenha medo de pedir ajuda!

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